ESTUDANTES DO CURSO DE DIREITO UNIVC 2º PERIODO

agosto 29, 2008

SOC. JURIDICA – GEORGES GURVITCH (resumo)

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GEORGES GURVITCH (1894/ 1965)

Nasceu na Rússia, naturalizou-se francês em 1928. Licenciado e doutor em Direito em Samptesburgo, participou com Lenine na Revolução bolcheviche de 1917. Lecionou em Petrogrado, Praga, Paris, Bordéus e Estraburgo. Discípulo de Eugen Ehrlich, refugia-se nos E. Unidos durante a II G.Mundial. A partir de 1949 ensina Sociologia na Sorbonne.

Propôs um sistema próprio de compreensão global do fenômeno humano, buscando uma união entre a filosofia pluralista, uma formação fenomenológica a as aquisições da ciência social de inspiração mais positivista. É considerado internacionalmente como um autor marginal em relação á “sociologia científica”, quase não se encontram referências a seu respeito na literatura sociológica norte-americana, inglesa, nórdica, neerlandesa e francesa, vez que tentou elaborar sistemas globais.

Pontos do sistema filosófico de Gurvitch e sua concepção de homem e de sociedade:

Primeira parte – O Sistema:

I – As Ciências do Homem ou as ciências sociais em seu conjunto – “é a ciência da liberdade humana e dos obstáculos que ela encontra diante de si.”

“A sociologia, segundo Gurvitch, estuda a condição humana, o ato humano nunca será inteiramente livre, mas “situado em um mundo real, liberado” sob condição”, que não pode criar senão se apoiando sobre uma série de pontos de referência, representados pelos determinismos.

II – A condição humana – a vocação humana, que dá o caráter absolutamente inédito e contingente de cada um, é apreendida no ato de sua realização, e são para o indivíduo, assim como para nós, os grupos, as classes, as nações, um valor absoluto, uma vez que fundamenta, cria e destrói valores, normas, etc.

A personalidade humana se experimenta na realização da sua vocação, experiência que se realiza como intuição volitiva do eu enquanto pessoa, do fogo do ato livre.

III – Liberdade e Moral – senda moralidade, em sua forma superior, a plena realização da vocação humana é evidente a ligação estreita entre o estudo da liberdade e da moral.

A concepção moral de Gurvitch situa-se em plano distinto do da vida intelectual, logo é inválida a formulação racional de princípios morais válidos universalmente. A moral seria uma experiência íntima de cada um e, não, um conjunto de normas externas ao homem.

IV – Metafísica – O Transpersonalismo – embora cada pessoa seja única e individualizada não há uma absolutização de cada sujeito em si mesmo. A experiência moral de cada um, confrontando-se com as experiências dos demais, conduz á participação em valores comuns, transpessoais. Do individual chega-se necessariamente ao coletivo, a experiência pessoal conduz á experiência do transpessoal.

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